quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A ORAÇÃO É A CHAVE PARA A OBRA MISSIONÁRIA


“Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha.” Patrick Johnstone

INTRODUÇÃO
O mundo luta com armas químicas, biológicas, bombas atômicas e etc.. São armas consideradas de muito poder. No entanto, existe uma arma mais poderosa do que essas citadas: a oração do justo (Tg 5.16). Ela é mais potente do que os mísseis norte-americanos, pois nunca erra o alvo. A nossa arma é a oração. A oração nos orienta a tomar decisões importantes na obra missionária e em tudo na vida. Ela promove comunhão na igreja (At 2.42).
A oração é a marca distintiva da igreja missionária. A oração é um meio para enfrentar a perseguição. Em At 12.1 diz: “Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar.” No versículo 5 diz que enquanto o apóstolo Pedro estava aguardando o seu martírio: “... havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.” Toda igreja que faz missão passa por perseguição. Todavia, a perseguição não é capaz de acorrentar o avanço da obra missionária, pelo contrário, a obra de Deus avança mais ainda.

1. A ORAÇÃO PRECEDE A AÇÃO MISSIONÁRIA.
Quando oramos Deus abre as portas da fé para os pecadores perdidos, os quais são salvos pela fé única e exclusivamente em Jesus Cristo, como consequência da pregação da Palavra (At 16.13,16,25). É importante ressaltar que a oração não salva, porém a Escritura afirma: “... aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação”.

2. A ORAÇÃO ESTREMECE OS MONTES E ABALA O INFERNO.
A oração vai à frente do missionário abrindo um caminho por entre a escuridão espiritual. David Bryant conta um caso de um cristão da Índia, membro de um movimento indiano nativo, que lhe apresentou um contraste entre a maioria das pessoas em seu país (onde existem milhões que nunca ouviram falar uma única vez de Cristo) e as dos Estados Unidos: “Nos Estados Unidos você têm trevas, mas na Índia nós temos trevas profundas”. Para adentrarmos em lugar assim é preciso orar com objetividade crendo no poder do Espírito Santo para abrir as portas e entrarmos com a Luz do Evangelho de maneira que as trevas sejam dissipadas e dissolvidas. Quando deixamos de orar por lugares assim estamos deixando o inimigo dominar sobre as vidas que ali vivem. Ao orarmos pelos perdidos espiritualmente estamos invadindo o território inimigo. Sem oração o trabalho missionário é fraco. A igreja deve prover oração consistente e constante para o sustento da obra missionária.

3. A ORAÇÃO ERA O SEGREDO ESPIRITUAL DA IGREJA PRIMITIVA.
A Igreja Primitiva não era uma igreja que possuía grandes e muitos recursos. Porém, não negligenciava o poder da oração. Não era retentora de bens materiais, mas sabia e desfrutava do poder da oração. A igreja em Atos preocupava-se com a prática da oração. Em At 1.12-14 nos fala que a primeira reunião da Igreja Primitiva foi uma reunião de oração: “Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. {Jornada de um sábado: cerca de um quilômetro}. Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”
Segundo Arival Dias Casimiro, podemos tirar três lições importantes sobre oração desse texto:

a) Quem estava orando? Todos os membros da igreja, homens e mulheres, líderes e liderados.
b) Como eles oravam? Todos oravam de forma perseverante e unânime (At 2.46 e 4.24). Indica oração determinada e em comum acordo, pois a oração é o melhor meio de unir o povo de Deus.
c) Por que estavam orando? Eles oravam enquanto aguardavam o agir de Deus, o cumprimento da promessa do derramar do Espírito.

4. É PRECISO HAVER SUSTENTO EM ORAÇÃO.
Para que o missionário no campo tenha êxito no seu trabalho, é preciso haver sustento em oração. É responsabilidade da igreja segurar as cordas, como disse William Carey, um dos primeiros missionários da era moderna. Ele disse aos seus “sócios” no projeto missionário: “Eu vou lá para o fundo do poço buscar os perdidos, mas vocês segurarão as cordas?” Tudo começa com oração. Oração e missão são tão unidas que é impossível pensar em uma sem a outra. Não se deve pensar em missão sem oração. Tudo deve começar, continuar e terminar com oração. Quando oramos, Deus opera. A obra missionária avança quando oramos.

5. MOTIVOS PARA SE ORAR POR MISSÃO.
Veja algumas das razões para se interceder por missão:

a) É uma ordem de Jesus (Mt 9.37,38);
b) Jesus deixou-nos o exemplo (Lc 6.12,13);
c) É o meio de conseguir missionários no campo (Lc 10.2);
d) É o meio de enfraquecer as forças malignas (Ef 6.12).

6. A ORAÇÃO MISSIONÁRIA, OU QUALQUER OUTRA, DEVE SER ESPECÍFICA E PRÁTICA.
A falta de verdadeiros missionários é resultado da ausência de oração direcionada, pois o Senhor diz em Mt 9.37,38: “A seara é grande e poucos são os trabalhadores, portanto rogai ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara”. A oração era o principal instrumento nas missões primitivas. Deve-se interceder com peculiaridade pelos missionários. A oração não deve ser vaga e sem finalidade. Precisa-se orar com propósitos. Um exemplo positivo disso é o boletim de oração da Missão Portas Abertas. Esta missão fornece um calendário mensal em prol de missões onde cada dia tem um pedido específico. Por exemplo, no dia 1º de setembro de 2010 o pedido de oração é: “China [13º]. Uma igreja não registrada foi a uma igreja oficial a fim de comprar algumas Bíblias. Depois de viajar metade de um dia, só conseguiram comprar cinco Bíblias, muito menos do que precisavam. Ore para que a Bíblia esteja mais à disposição. Peça pela segurança e pela proteção de quem ajuda a suprir essa crescente carência de Bíblias na China” . Não se pode orar sem mencionar os pedidos nomeadamente. O objetivo deve ser exclusivo e não geral. O leitor pode fazer o download dos boletins de oração no site da Portas Abertas: www.portasabertas.org.br.

7. A ORAÇÃO É O SEGREDO DO SUCESSO MISSIONÁRIO HOJE.
Para fazer missão é necessário que sejam levantados intercessores para sustentarem os missionários que estão combatendo contra os poderes malignos. Há lugares que o trabalho de evangelização se constitui por muito tempo apenas de oração, para que o domínio de Cristo seja implantado. Podemos ver a importância da sustentação em intercessão na passagem de Êxodo 17.8-16, onde Josué estava com o exército no combate dos amalequitas contra Israel, embora a vitória de Israel dependesse das mãos levantadas de Moisés (Ex 17.11).

8. DESAFIOS PARA QUE SE INTERCEDA POR MISSÃO.
Veja, agora, alguns dos desafios para que se interceda por missão:

a) Orar a Deus para que sejam levantados obreiros (Mt 9.38);
b) Orar pedindo a Deus para que conceda graça e intrepidez aos missionários para pregarem o Evangelho (At 4.29-31 e Ef 6.18-19);
c) Orar a Deus para que confirme a sua Palavra com sinais e prodígios (At 4.29-30);
d) Orar a Deus para que levante um exército de obreiros no campo;
e) Orar por um despertamento e avivamento naquele lugar;
f) Orar pela saúde dos missionários;
g) Orar pelas famílias dos missionários;
h) Orar pelos novos convertidos;
i) Orar pelos não alcançados pelo Evangelho;
j) Agradecer a Deus pelas suas respostas; e etc.

CONCLUSÃO
Lembremo-nos de que devemos orar com fé (Mc 11.24), perseverança (Lc 11.9,10; Rm 12.12), objetividade e determinação (2Co 1.11). E isto diariamente em casa, individualmente, em grupo, em todos os lugares e momentos. Note que os mesmos que deveriam orar por ceifeiros em Mt 9 são os mesmos que foram enviados por Jesus para ceifar em Mt 10. Isso nos mostra que oração é: ora-ação. Devemos orar para que Deus nos levante e nos use no resgate das pobres vidas que vivem distantes do Caminho (Jo 14.6).
Certa vez alguém disse: “Se mais crentes se pusessem de joelhos em oração, mais crentes se poriam de pé na evangelização”. O crente deve entrar em missão de joelhos. Todo cristão foi escolhido por Deus para orar por missão, e isto de forma constante e sem esmorecer. Deus nos responde na hora certa e no tempo certo.Quem ora prepara o caminho.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PASTOREANDO A CIDADE

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9.35).

O século XX começou com 15% da população mundial vivendo nas cidades e terminou com 15% vivendo fora das cidades. Podemos mencionar pelo menos cinco fatores determinantes da urbanização: a industrialização; o crescimento populacional; o desejo de melhores condições de vida; a atração dos grandes centros; a mecanização da agricultura, trazendo a instabilidade agrícola e o desemprego na zona rural. Assim, os problemas relacionados com a missão da igreja na cidade exigem uma missiologia urbana. 

As necessidades do homem urbano tornam imperativo o estudo de uma teologia e uma práxis de evangelização compatíveis com os princípios e modelos bíblicos. Deste modo, podemos definir missão urbana como “a ação de evangelização da igreja na sua própria cidade”.

A cidade está de cabeça para baixo, precisamos virá-la de cabeça para cima, com o poder do Evangelho de Jesus Cristo. Missão urbana é tarefa da Igreja. Não é ocupação apenas do pastor, ou de um pequeno grupo da Igreja, mas de todos os crentes salvos em Jesus. Lembrando que, o trabalho missionário urbano só terá valor se houver uma preocupação séria com o discipulado.

Ficam aqui algumas sugestões para o pastoreamento da cidade:
 Aqueles que desejam servir (evangelizar) a cidade devem aprender a amar a cidade.
 Os missionários urbanos devem conhecer (pesquisar) a cidade.
 Os missionários urbanos devem aprender a apreciar (unidade) o corpo de Cristo existente na cidade.
 Um trabalho missionário urbano bem sucedido implica em se condoer (compaixão e ação) pela cidade.
 Bons missionários urbanos possuem uma paixão (amor e determinação) por evangelização profunda e genuína.

Assim sendo, as cidades representam o grande desafio para as missões cristãs devido ao seu tamanho, sua influência e suas necessidades. As cidades oferecem facilidades e dificuldades no que tange à evangelização. A Igreja é chamada para ministrar na cidade. Deus ama a cidade. Cristo morreu por ela. Há diferenças, entre evangelizar numa metrópole e num lugar interiorano. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Na próxima edição, falaremos sobre algumas estratégias de evangelização urbana.

Nos laços do Calvário que nos une,
Pr. Luciano Paes Landim.

LANÇAMENTO DA REVISTA MISSIONÁRIA “MISSIO DEI”

Estamos no mês de aniversário da Missão SAEM. No dia 21 de abril, comemoraremos 18 anos de existência da Sociedade de Apoio Evangelístico e ...