domingo, 27 de outubro de 2013

Confiando em Deus, na adversidade


Esboço de Sermão

Salmo 3
Introdução:
1.      Este salmo é de Davi, salmo de lamento, ele o escreveu quando fugia do seu filho Absalão. O salmo mistura lamento e confiança.
2.      Quase uma terça parte dos salmos pertence à categoria de “lamentos”. O conteúdo básico de um salmo de lamento é:
a)      Uma fervente invocação de Deus (v. 1).
b)      Uma descrição da aflição, sofrimento ou injustiça que o crente sofre (vs. 1-2).
c)      Uma afirmação da confiança do crente em Deus (vs. 3-6).
d)      Uma súplica por socorro (v. 7).
e)      E uma expressão de louvor ou ação de graças (v. 8).
3.      Inquirição: Como devemos nos comportar na adversidade? Qual deve ser a atitude do cristão diante da aflição?
4.      Aqui, Davi compartilha o “segredo” teológico de sua segurança diante das adversidades.
5.      Neste salmo de lamento individual, Davi faz uma queixa (vs. 1-2), uma declaração de confiança (vs. 3-6) e uma oração pedindo uma vitória ainda mais completa (vs. 7-8).

I. Uma queixa – Davi apresenta suas dificuldades (vs. 1-2):
1.      Davi começa com uma observação melancólica sobre a multiplicação de suas aflições.
2.      (v. 1) – Fala sobre a aflição de Davi. Ele tinha muitos inimigos, inclusive seu próprio filho Absalão (2 Sm 15.12-14): “Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e cresceu em número o povo que tomava o partido de Absalão. Então, veio um mensageiro a Davi, dizendo: Todo o povo de Israel segue decididamente a Absalão. Disse, pois, Davi a todos os seus homens que estavam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e fujamos, porque não poderemos salvar-nos de Absalão. Dai-vos pressa a sair, para que não nos alcance de súbito, lance sobre nós algum mal e fira a cidade a fio de espada.” Absalão, filho de Davi, liderou uma rebelião contra o pai, forçando o rei a fugir de Jerusalém. Os inimigos da nação também eram inimigos do rei.
3.       (v. 2) – “São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele”, significa “Deus não o ajudará”. Os inimigos estão dizendo que Deus o abandonou. Porém, Deus nunca abandona aqueles nEle confiam.
II. Uma declaração de confiança – Davi fala sobre sua paz (vs. 3-6):
1.      (v. 3) – “és o meu escudo”: ter a pessoa do rei como escudo (protetor) era conceito comum no antigo Israel, refere-se à proteção divina. “és a minha glória” significa “me dás a vitória”. “exaltas a minha cabeça” significa “dás vitória e restauras a minha dignidade”, uma expressão de encorajamento.
2.      (v. 4) - “santo monte” significa “monte Sião”, lugar onde Deus estava presente com o seu povo (Sl 2.6): “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião”. O lugar do santuário do Senhor, o equivalente terrestre do lugar de seu trono, no céu.
3.      (v. 5) – “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta”: O crente que com fervor busca a Deus, e que sempre confia na sua fidelidade, na confiança de que Ele o ouve (v. 4), pode deitar-se em paz e dormir seguro (Sl 4.8). Deus o sustentará e concederá a sua graça, inclusive durante o sono (Sl 127.2). O salmista dormiu no acampamento de guerra, embora o inimigo estivesse por perto. Ele estava confiante que Deus, o Guerreiro Divino, o protegia. Pelo fato de Deus ser conhecido por sua proteção sustentadora, Davi podia relaxar mesmo na pior das circunstâncias.
4.      (v. 6) - “Não tenho medo”: Em Sl 27.3 diz: “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”. “de milhares do povo”: milhares de inimigos israelitas revoltosos ou pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. Embora seja ameaçado por muitos inimigos, o salmista ora com confiança ao Senhor.

III. Uma oração – Davi faz sua oração (vs. 7-8):
1.      (v. 7) - “Levanta-te, SENHOR!”: “Vem, ó SENHOR!” É como se fosse um grito de guerra, um pedido para que Deus faça algo contra os inimigos do povo de Israel. Essa expressão é típica dos salmos que eram entoados em situações de guerra santa. “Salva-me”: Deus luta pelo seu povo contra os seus inimigos de carne e osso.
2.      (v. 8) – “salvação”: Trata-se de uma libertação muito ampla e abrangente, tanto na esfera temporal como na eterna:
a)      No sentido de livramento temporal de Davi das mãos dos seus inimigos.
b)      A salvação pertence totalmente a Deus, cujo Filho é o Autor e Consumador desta salvação e da nossa fé (Hb 12.2a): “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus”.

Conclusão:
1.      O grande número de salmos de lamento, na Bíblia, indica que Deus quer que os seus filhos o invoquem em tempos de necessidade e aflição (Hb 4.16): “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.
2.      Este salmo torna-se um modelo de louvor, paz e oração a ser seguido em meio à pressão.
3.       (vs. 3-4) – A perfeita confiança de Davi: sabia que Deus lhe supriria cada necessidade, e por isso recorreu a Deus em oração, na hora difícil:
a)      A confiança em Deus, na adversidade, é geradora de vitórias (vs. 1-3).
b)      A confiança em Deus, na adversidade, nos conduz a uma vida de oração (v. 4).
4.       (vs. 5-8): Davi tinha tanta fé em Deus, que podia confiar nEle nas circunstâncias mais difíceis, sabendo que a vitória pertence a Deus:
a)      A confiança em Deus, na adversidade, é geradora de uma paz e alegria ultra-circunstancial (vs. 5-6).
b)      A confiança em Deus, na adversidade, faz calar o inimigo (v 7).
5.      Deus é a “glória” do crente, no sentido de que a sua presença, comunhão e ajuda são o nosso maior bem.
6.       (v. 8) - “És tu que dás a vitória. Ó SENHOR Deus, abençoa o teu povo” (NTLH).

7.      Ilustração: QUEM TEM MEDO DE AVIÃO? O menino estava sozinho na sala de espera do aeroporto, aguardando seu voo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos. O menino foi simpático quando puxaram conversa com ele, e em seguida começou a passar o tempo colorindo um livro. Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas. Durante o voo a aeronave entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com ele e perguntou: - Você não está com medo?- Não, senhora, respondeu ele, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir e piscando um dos olhos, meu pai é o piloto! “Em Deus ponho a minha confiança e não terei medo!” (Sl 56.11).

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